
A ansiedade e a preocupação, embora muitas vezes vistas como inimigas, são expressões naturais da alma em busca de segurança. Elas surgem quando a mente se adianta ao tempo, tentando controlar o que ainda não aconteceu.
Vivemos em uma época em que tudo exige respostas rápidas, produtividade e controle. A ansiedade é o reflexo de uma sociedade que esqueceu o valor da pausa. Preocupamo-nos tanto com o que pode dar errado que nos esquecemos de viver o que está dando certo agora.
A preocupação é o exercício mental de tentar evitar o inevitável. Alimenta-se da incerteza e cresce quando acreditamos que pensar demais é o mesmo que resolver. No entanto, o verdadeiro equilíbrio nasce quando aceitamos que o futuro não precisa ser previsto, apenas vivido.
Quando respiramos com calma e trazemos a atenção para o presente, percebemos que o agora é o único tempo que realmente existe. A vida acontece aqui, não nas projeções da mente.
A serenidade não é ausência de preocupação, é confiança.
E quando a alma confia, até as tempestades internas se tornam brisas de aprendizado.
